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NOME

       bootparam - introdução aos parâmetros de inicialização do kernel do Linux

DESCRIÇÃO

       O kernel do Linux aceita certas `opções de linha de comandos' ou `parâmetros de inicialização' no momento
       em  que é iniciado. Em geral, isso é usado para suprir o kernel com informação a respeito do hardware que
       o mesmo pode não estar apto para determinar por si só, ou para prevenir/ignorar os valores que  o  kernel
       possa ter detectado de outra maneira.

       Quando o kernel é carregado diretamente pelo BIOS (digamos, através de um disquete para o qual você tenha
       copiado  um  kernel  usando  "cp  zImage  /dev/fd0"),  você  não  tem  oportunidade de especificar nenhum
       parâmetro.  Então, para tirar proveito dessa possibilidade, você tem de usar software que seja  capaz  de
       aceitar os parâmetros, como LILO ou loadlin.  Para alguns parâmetros pode-se também modificar a imagem do
       kernel em si, usando rdev, veja rdev(8) para mais detalhes.

       O  programa  LILO (LInux LOader), escrito por Werner Almesberger é o mais comumente usado. Ele é capaz de
       carregar diversos kernels e armazenar a informação de configuração em um arquivo  de  texto  puro.  (Veja
       lilo(8)  e  lilo.conf(5).)   LILO  pode  carregar DOS, OS/2, Linux, FreeBSD, UnixWare, etc., e é bastante
       flexível.

       O outro carregador de Linux comumente usado é o "Loadlin", que é um programa do DOS que tem a  capacidade
       de  carregar um kernel de Linux através do prompt do DOS (com argumentos de inicialização), assumindo que
       certos recursos estão disponíveis.  Isto é bom para pessoas que querem iniciar o Linux através do DOS.

       É também bastante útil se você possui algum hardware que depende do driver de DOS fornecido para  colocar
       o  hardware  em  um  estado  reconhecido.  Um  exemplo  comum  são  as  placas  de  som  "compatíveis com
       SoundBlaster", que requerem o driver de DOS para mexer alguns registros místicos para colocar a placa  em
       modo compatível com SB. Carregando o DOS com o driver fornecido e então carregando o Linux pelo prompt do
       DOS evita o reset da placa, que ocorre quando se reinicia a máquina.

LISTA DE ARGUMENTOS

       A  linha  de comando do kernel é analisada em uma lista de strings (argumentos de inicialização) separada
       por espaços. Muitos argumentos usam a forma:

              nome[=value_1][,value_2]...[,value_10]

       onde "nome" é uma palavra-chave única que é usada para identificar para qual parte do kernel  os  valores
       associados  (se  houver  algum) devem ser enviados.  Note que o limite de 10 é real, uma vez que o código
       presente só é capaz de manipular 10 parâmetros separados por  vírgula  por  palavra-chave.  (De  qualquer
       forma,  você  pode  reutilizar  a  mesma  palavra-chave,  com mais 10 parâmetros adicionais, em situações
       unusuais e complicadas, assumindo que a função do setup suporta isso.)

       A maioria das opções está em linux/init/main.c. Primeiro,  o  kernel  checa  se  o  argumento  é  um  dos
       argumentos especiais, como `root=',  `nfsroot=', `fsaddrs=', `ro', `rw', `debug' ou `init'. O significado
       desses argumentos está descrito abaixo.

       Então  ele caminha por uma lista de funções de configuração (contidas no array de setup de inicialização)
       para verificar se a string de argumento especificada (como `foo') está associada com uma  uma  função  de
       setup  (`foo_setup()')  para  um dispositivo em particular ou parte do kernel. Se você passou ao kernel a
       linha foo=3,4,5,6, então o kernel procurará na array de setup de boot, para  verificar  se  `foo'  estava
       registrado.  Se  estiver,  então  ele  chamará  a  função associada a `foo' (foo_setup()) e manipulará os
       argumentos 3, 4, 5 e 6 como passados na linha comandos do kernel.

       Qualquer coisa da forma 'foo=bar' que não for aceita como função de setup como descrito  acima,  é  então
       interpretado  como  uma  variável  de  ambiente  a  ser  configurada.  Um  exemplo  (inútil?)  seria usar
       `TERM=vt100' como argumento de inicialização.

       Os argumentos restantes que não são usados pelo kernel nem são interpretados como variáveis de  ambiente,
       são  então  passados  ao  processo,  o  qual  usualmente é o programa init. O argumento mais comum, que é
       passado ao processo do init é a palavra 'single', a qual instrui init a iniciar o computador em  modo  de
       usuário  singular  e  não  iniciará  nunhum  dos  daemons usuais. Procure na man page pela versão do init
       instalada em seu sistema para ver que argumentos ele aceita.

ARGUMENTOS GERAIS DE INICIALIZAÇÃO, DISPOSITIVOS NÃO ESPECÍFICOS

   `init=...'
       Configura o comando inicial a ser executado pelo kernel. Se  não  estiver  presente,  ou  não  puser  ser
       encontrado,  o  kernel  tentará  /etc/init,  então /bin/init, então /sbin/init, então /bin/sh e entrar em
       pânico se tudo isso falhar.

   `nfsaddrs=...'
       Configura o endereço nfs de inicialização para string dada. Esse endereço de  inicialização  é  usado  no
       caso de inicialização por rede.

   `nfsroot=...'
       Configura  o  nome  de  root  do  nfs  para a string dada. Se esta string não começa com `/' ou `,' ou um
       dígito, então será prefixada por `tftpboot/'. Este nome de root é usado  em  caso  de  inicialização  por
       rede.

   `no387'
       (somente  quando  CONFIG_BUGi386 está definido.) Alguns chips de coprocessamento do i387 apresentam bugs,
       que aparecem quando usados em modo protegido de 32 bits. Por exemplo, alguns dos primeiros chips ULSI-387
       causavam travamentos quando estavam lidando com cálculos de ponto flutuante. Usar o argumento `no387' faz
       com que o Linux ignore o co-processador matemático mesmo que você possua um. É claro que você deve  então
       ter seu kernel compilado com suporte a emulação de coprocessador!

   `no-hlt'
       (somente quando CONFIG_BUGi386 está definido.)  Alguns dos primeiros chips i486DX-100 têm problemas com a
       instrução  `hlt',  pois  não  conseguem  voltar  com  segurança  para o modo operacional após o uso dessa
       instrução. Usar a instrução `no-hlt' diz ao Linux para apenas rodar um loop infinito  quando  não  houver
       nada a ser feito e não parar a CPU. Isso permite às pessoas que têm esses chips defeituosos usarem Linux.

   `root=...'
       Este  argumento  diz  ao  kernel  que  dispositivo será utilizado como sistema de arquivos raiz durante a
       carga. O padrão dessa configuração é determinado no momento da compilação  e  usualmente  é  o  valor  do
       dispositivo  raiz  onde  o kernel foi construído. Para ignorar esse valor e selecionar o segundo drive de
       disquete como dispositivo raiz, pode-se usar `root=/dev/fd1'.(O  dispositivo  de  root  também  pode  ser
       configurado usando-se rdev(8).)

       O dispositivo raiz pode ser especificado simbolicamente ou numericamente. Uma especificação simbólica tem
       a  forma  /dev/XXYN,  onde  XX  designa  o  tipo de dispositivo (`hd' para discos rígidos compatíveis com
       ST-506, com Y entre `a'-`d'; `sd' para discos compatíveis com SCSI, com Y entre `a'-`e', `ad' para discos
       ACSI atari com Y entre `a'-`e', `ez' para drive paralelo removível Syquest EZ135, com  Y=`a',  `xd'  para
       discos  compatíveis  com  XT,  com Y sendo `a' ou `b'; `fd' para drives de disquete, onde Y é o número do
       drive de disquete - fd0 seria o drive `A:' do DOS e fd1 seria o drive `B:' do DOS, Y é a letra  do  drive
       ou  número  e  `N'  é o número (em decimal) da partição do dispositivo (ausente no caso de disquetes). Os
       kerneis mais recentes permitem muitos outros tipos, a maioria CDROMs: nfs, ram, scd, mcd, cdu535,  aztcd,
       cm206cd, gscd, sbpcd, sonycd, bpcd.  (O tipo nfs especifica o boot de rede; ram se refere a um ram disk.)

       Note  que  isto  nada  tem  a ver com a designação desses dispositvos em seu sistema de arquivos. A parte
       `/dev' é puramente convencional.

       A especificação numérica mais incômoda e menos portável dos  dispositivos  de  root  possíveis  acima  em
       maior/menor  formato  também  é  aceita.  (E.g.,  /dev/sda3  é  maior  8  e menor 3, então você pode usar
       `root=0x803' como uma alternativa.)

   `ro' e `rw'
       A opção `ro' diz ao kernel para montar o sistema de arquivos raiz como `somente leitura' (readonly), para
       que programas de checagem de consistência de sistemas de arquivos (fsck) possam fazer seu trabalho em  um
       sistema  de arquivos imóvel.  Nenhum processo pode escrever nos arquivos do sistema em questão, até que o
       mesmo seja `remontado' com capacidade de `leitura/escrita (read/write), e.g., por `mount -w -n -o remount
       /'. (veja também mount(8).)

       A opção `rw' diz ao kernel para montar o sistema raiz como `escrita/leitura'.  Este é o padrão.

       A escolha entre somente-leitura e leitura/escrita pode ser feita usando-se rdev(8).

   `reserve=...'
       Esta é usada para proteger regiões de portas I/O de sondagens. A forma do comando é:

              reserve=iobase,extent[,iobase,extent]...

       Em algumas máquinas, pode ser necessário evitar que os drivers  de  dispositivo  procurem  os  mesmos  em
       regiões  específicas (auto-probing). Isto pode ocorrer por causa de hardware que reage mal à detecção, ou
       hardware que é erroneamente identificado ou meramente hardware que você não quer que o kernel inicialize.

       O argumento de linha de boot reserve especifica uma região de portas E/S que não devem ser  sondadas.  Um
       driver  de  dispositivo  não  irá  sondar  uma  região  reservada,  a não ser que outro argumento de boot
       explicitamente espefique para fazê-lo.

       Por exemplo, a linha de inicialização

              reserve=0x300,32 blah=0x300

       previne todos os drivers de dispositivo, exceto o driver `blah' da sondagem de 0x300-0x31f.

   `mem=...'
       A chamada do BIOS definida nas especificações do PC, que retorna a quantidade de memória,  foi  desenhada
       para  ser  capaz  de  reportar até o máximo de 64MB. O Linux usa essa chamada da BIOS durante o boot para
       determinar quanta memória está instalada. Se você tem mais de 64MB de  RAM  instalados,  pode  usar  esse
       argumento  de boot para dizer ao Linux quanta memória tem. O valor é decimal ou hexadecimal (prefixo 0x),
       e o sufixo `k' (vezes 1024) ou `M' (vezes 1048576) podem ser usado.   Aqui  está  uma  citação  de  Linus
       (Torvalds, criador do Linux), a respeito do uso do parâmetro `mem='.

       ``O  kernel aceitará qualquer parâmetro `mem=xx' que você lhe der e se acontecer de você mentir para ele,
       ele irá travar horrivelmente, cedo ou tarde.  O parâmetro indica o endereço de RAM  alocável  mais  alto,
       então  `mem=0x1000000' significa que você tem 16MB de memória, por exemplo. Para uma máquina com 96MB ele
       será `mem=6000000'.

       NOTA NOTA NOTA: algumas máquinas podem usar o topo da memória para BIOS cacheing  ou  algo  assim,  então
       você  pode  não  ter  o  total  de 96MB endereçável. A recíproca é verdadeira: alguns chipsets mapearão a
       memória física que está coberta pela área do BIOS na área logo acima do topo da memória, então, o topo da
       memória pode ser realmente 96MB + 384kB, por exemplo. Se você disser ao Linux que possui mais memória  do
       que realmente tem, coisas ruins acontecerão: talvez não imediatamente, mas certamente em algum momento.''

   `panic=N'
       Por  padrão, o kernel não recarregará (reboot) após um pânico, mas esta opção causará o reboot do kernel,
       após  N  segundos  (se  N  >  0).   Estee  timeout  de  pânico  pode  ser  configurado  por  "echo  N   >
       /proc/sys/kernel/panic"

   `reboot=[warm|cold][,[bios|hard]]'
       (somente   quando  CONFIG_BUGi386  estiver  definido.)   Desde  o  2.0.22  o  reboot  é  por  padrão  uma
       reinicialização fria (cold reboot).  Alguém pergunta pelo antigo padrão `reboot=warm'.  (Um `cold reboot'
       pode ser necessário para resetar certos hardwares, mas pode destruir qualquer dado em cache de disco  que
       não  tenha  sido escrito.  Uma reinicialização quente (warm boot) pode ser mais rápida).  Por padrão, uma
       reinicialização é difícil, requisitando-se que o controlador do teclado para pulsar o fluxo da  linha  de
       reset  baixa,  mas  há  ao  menos  um  tipo  de  placa-mãe  que não funcionará. A opção `reboot=bios', ao
       contrário, passará através do BIOS.

   `nosmp' e `maxcpus=N'
       (somente quando __SMP__ estiver definido.)  Uma opção de linha de comando de `nosmp' ou  `maxcpus=0'  irá
       desabilitar  completamente  a  ativação  do  SMP  (simetrical  multi  processing  -  multi  processamento
       simétrico); a opção `maxcpus=N' limita o número máximo de CPUs ativadas no modo SMP em N.

ARGUMENTOS PARA USO DE DESENVOLVEDORES DE KERNEL

   `debug'
       As mensagens do kernel são enviadas  ao  demônio  de  log  do  kernel,  klogd,  então  elas  devem  estar
       armazenadas em disco. Mensagens com a prioridade acima: console_loglevel são também impressas no console.
       (Para  estes  níveis,  veja <linux/kernel.h>.)  Por padrão, esta variável está configurada para catalogar
       qualquer coisa mais importante que mensagens de debug. Este argumento de inicialização diz ao kernel para
       imprimir também as mensagens de nível DEBUG.  O nível de log de console  (console  loglevel)  configurado
       durante a execução, através de uma opção no klogd. Veja klogd(8).

   `profile=N'
       É possível habilitar uma função de profiling no kernel, se alguém desejar ver onde o kernel está gastando
       seus ciclos de CPU.  O profiling pode ser habilitado configurando a variável prof_shift para um valor que
       não  zero.  Isto pode ser feito tanto especificando-se CONFIG_PROFILE durante a compilação, ou dando-se a
       opção `profile='.  Agora o valor de prof_shift será N, quando dado, ou CONFIG_PROFILE_SHIFT, quando  este
       é  dado, ou 2, o padrão. A significância dessa varaiável é que a mesma dá a granularidade do profiling: a
       cada pulso do clock, se o sistema estiever executando o kernel, um contador é incrementado:

              profile[address >> prof_shift]++;

       A informação bruta de profiling pode ser lida em /proc/profile.  Provavelmente, você irá deseja usar  uma
       ferramenta como readprofile.c para ordená-la.  Escrever em /proc/profiles limpará os contadores.

   `swap=N1,N2,N3,N4,N5,N6,N7,N8'
       Configura    os    oito   parâmetros,   max_page_age,   page_advance,   page_decline,   page_initial_age,
       age_cluster_fract, age_cluster_min, pageout_weight, bufferout_weight, que controlam os algoritmos de swap
       do kernel.  Apenas para afinadores de kernel.

   `buff=N1,N2,N3,N4,N5,N6'
       Configura   os   seis   parâmetros   max_buff_age,    buff_advance,    buff_decline,    buff_initial_age,
       bufferout_weight,  buffermem_grace  que controlam o gerenciamento de buffers de memória do kernel. Apenas
       para afinadores de kernel.

ARGUMENTOS DE INICIALIZAÇÃO PARA USO DE DISCO DE RAM (RAMDISK)

       (apenas se o kernel foi compilado com CONFIG_BLK_DEV_RAM.)  Em geral é uma má idéia usar um disco de  RAM
       (ramdisk) no Linux - o sistema usará a memória disponível de forma mais eficiente sozinho.  Mas durante a
       inicialização  (ou criação de disquetes de boot) é frequentemente útil carregar o conteúdo do disquete em
       um disco de RAM. Alguém pode ter um sistema no qual seja necessário que alguns módulos  sejam  carregados
       (para sistemas de arquivos ou hardware) antes que o disco principal possa ser acessado.

       No  Linux  1.3.48,  o gerenciamento de ramdisk mudou drasticamente.  Anteriormente, a memória era alocada
       estaticamente e havia um parâmetro `ramdisk=N' para dizer seu tamanho. (isso pode também ser  configurado
       na  imagem  do kernel durante a compilação ou pelo uso de rdev(8).)  Os discos de RAM atuais usam o cache
       de buffer e aumentam dinamicamente.  Para maior informação (e.g., como usar rdev(8) em combinação  com  o
       novo setup de ramdisk), veja /usr/src/linux/Documentation/ramdisk.txt.

       Existem quatro parâmetros, dois booleanos e dois inteiros.

   `load_ramdisk=N'
       Se N=1, carrega um ramdisk. Se N=0, Não carrega um ramdisk (Este é o padrão.)

   `prompt_ramdisk=N'
       Se  N=1, pede a inserção do disquete (Este é o padrão.).  Se N=0, não pede a inserção do disquete (assim,
       esse parâmetro nunca é necessário).

   `ramdisk_size=N' ou (obsoleto) `ramdisk=N'
       Configura o tamanho máximo do(s) ramdisk(s) para N kB. O padrão é 4096 (4 MB).

   `ramdisk_start=N'
       Configura o número do bloco inicial (a simetria no disquete onde  o  ramdisk  começa)  para  N.   Isso  é
       necessário no caso de o ramdisk seguir uma imagem do kernel.

   `noinitrd'
       (somente  se  o  kernel  foi  compilado  com  CONFIG_BLK_DEV_RAM  e CONFIG_BLK_DEV_INITRD.)  Atualmente é
       possível compilar o kernel para usar initrd.  Quando esta característica está habilitada, o  processo  de
       inicialização  carregará  o  kernel  e  um ramdisk inicial; então, o kernel converte initrd em um ramdisk
       "normal que é montado em leitura/escrita como dispositivo raiz; então, /linuxrc é  executado;  depois,  o
       sistema  de  arquivos  raiz  "real"  é  montado  e  o  sistema  de arquivos initrd é movido para /initrd;
       finalmente, a sequência de inicialização usual é executada (e.g. chamada de /sbin/init.

       Para uma descrição detalhada das caracteríticas de initrd, veja /usr/src/linux/Documentation/initrd.txt

       A opção `noinitrd' diz ao kernel, que embora tenha sido compilado para operar com initrd,  que  não  deve
       executar  os  passos  acima,  e sim deixar os dados do initrd em /etc/initrd.  (esse dispositivo pode ser
       usado apenas uma vez -- os dados são liberados tão logo o último processo que o utilizou  houver  fechado
       /etc/initrd.)

ARGUMENTOS DE BOOT PARA DISPOSITIVOS SCSI

       Notação geral para esta seção:

       iobase  -- a primeira porta I/O que a controladora SCSI ocupa. São especificados em notação hexadecimal e
       usualmente encontram-se na área de 0x200 a 0x3ff.

       irq -- a interrupção de hardware em que a placa está configurada para usar.  Valores  válidos  dependerão
       da  placa  em  questão,  mas serão usualmente 5, 7, 9, 10, 11, 12 e 15. Os outros valores são normalmente
       utilizados por periféricos comuns, como discos rígidos IDE, drives de disquete, portas seriais, etc.

       scsi-id -- a identidade que a adaptadora  usa  para  se  autoidentificar  no  bus  SCSI.  Algumas  poucas
       adaptadoras  permitem que você modifique este valor, mas a maioria tem-no permanentemente especificado de
       forma interna. O padrão usual é 7, mas as placas Seagate e Domain TMC-950 usam 6.

       parity -- se a controladora SCSI deve esperar os  dispositivos  conectados  para  fornecer  um  valor  de
       paridade  com  toda  troca  de  informação. Especificando um "um", indica que a checagem de paridade está
       habilitada e um "zero" desabilita a checagem de paridade. Novamente, nem todas as adaptadoras suportam  a
       seleção de paridade como um argumento de inicialização.

   `max_scsi_luns=...'
       Um dispositivo SCSI deve possuir um número de `subdispositivos' contidos em si. O exemplo mais comum é um
       desses  novos  CD-ROMS SCSI que podem manipular mais de um disco por vez. Cada CD está endereçado como um
       `Número de Unidade Lógica' (Logical Unit Number -- LUN) daquele dispositivo em particular. Mas a  maioria
       dos  dispositivos,  como  discos  rígidos,  drives  de  fita  e  outros são apenas um dispositivo e serão
       designado por LUN zero.

       Alguns dispositivos SCSI pobremente projetados não suportam ser testados para LUNs não iguais a zero. Por
       isso, se a flag de compilação CONFIG_SCSI_MULTI_LUN não estiver configurada, os novos kernels  irão,  por
       padrão, testar apenas LUN zero.

       Para especificar o número de LUNs provados durante a inicialização, pode-se entrar `max_scsi_luns=n' como
       um  argumento  de  boot,  onde `n' é um número entre um e oito. Para evitar os problemas descritos acima,
       pode-se usar n=1 para evitar transtornos bem como dispositivos quebrados.

   Configuração de Drives de Fita SCSI
       Algumas configurações de inicialização do driver de fita SCSI pode ser alcançadas usando-se o seguinte:

              st=buf_size[,write_treshold[,max_bufs]]

       Os dois primeiros números são especificados em unidades de kB. O buf_size  padrão  é  32kB  e  o  tamanho
       máximo que pode ser especificado são ridículos 16384kB. O write_treshold
        é  o valor no qual o buffer é enviado à fita, com valor padrão de 30kB. O número máximo de buffers varia
       com o número de drivers detectados e possui o padrão de dois.  Um exemplo de uso seria:

       Maiores detalhes podem ser encontrados no arquivo README.st que fica  no  diretório  SCSI  da  árvore  de
       fontes do kernel.

   Configuração de Adaptec aha151x, aha152x, aic6260, aic6360, SB16-SCSI
       Os  números  'aha'  referem-se  a  placas  e  os números 'aic' referem-se ao chip SCSI real nesse tipo de
       placas, incluindo a Soundblaster-16 SCSI.

       O código de prova para estas controladoras SCSI procuram por uma BIOS  instalada  e,  se  nenhum  estiver
       presente, a verificação não encontrará sua placa. Então, você terá de usar um argumento de boot na forma:

              aha152x=iobase[,irq[,scsi-id[,reconnect[,parity]]]]

       Se o driver foi compilado com debugging habilitado, um sexto valor pode ser adicionado para especificar o
       nível de debug.

       Todos os parâmetros são como descritos no início desta seção e o valor reconnect permitirá ao dispositivo
       desconectar/conectar se um um valor não-zero for usado. Um exemplo de uso:

              aha152x=0x340,11,7,1

       Note  que  os parâmetros devem ser especificados na ordem, significando que se você quiser especificar um
       valor de paridade, então terá de especificar os valores de io-base, irq, scsi-id e reconnect também.

   Configuração de Adaptec aha154x
       As placas da série aha1542 têm um controlador de drive de disquetes i82077 onboard, enquanto as da  série
       aha1540  não  têm.  Essas são placas de busmastering, e possuem parâmetros para configurar a ``lealdade''
       que será usada para compartilhar o barramento com  outros  dispositivos.  O  argumento  de  inicialização
       parece-se com o seguinte:

              aha1542=iobase[,buson,busoff[,dmaspeed]]

       Valores  válidos  de  iobase  são  usualmente um dos seguintes: 0x130, 0x134, 0x230, 0x234, 0x330, 0x334.
       Placas clones podem permitir valores diferentes.

       Os valores buson, busoff referem-se ao número de microssegundos que a placa dominará o barramento ISA. Os
       padrões são 11us on e 4us off, então as outras placas (tal como uma placa de rede ISA  LANCE)  terão  uma
       chance de acessar o barramento ISA.

       O  valor  'dmaspeed'  refere-se  à  taxa  (em MB/s) em que ocorre a transferência de DMA (Acesso Direto à
       Memória -- Direct Memory Access). O padrão é 5MB/s.  Placas de  revisão  mais  recente  permitem  a  você
       escolher selecionar esse valor como parte de uma configuração via software. As mais antigas usam jumpers.
       Você  pode  usar esses valores até 10MB/s, assumindo que sua placa-mãe seja capaz de manipular essa taxa.
       Experimente, com cuidado, usar valores acima de 5MB/s.

   Configuração de Adaptec aha274x, aha284x, aic7xxx
       Essas placas aceitam argumentos na forma:

              aic7xxx=extended,no_reset

       O valor extended , se não-zero, indica que a tradução estendida para discos grandes  está  habilitada.  O
       valor  no_reset  ,  se  não-zero,  diz ao driver para não ressetar o barramento SCSI enquanto configura a
       adaptadora durante a inicialização.

   Configuração de controladoras SCSI AdvanSys (`advansys=')
       O driver AdvanSys aceita até 4 endereços de i/o que serão checados por uma placa SCSI AdvanSys. Note  que
       esses  valores  (se  usados) não afetam verificação em EISA ou PCI. São apenas usados para verificação de
       placas ISA e VLB. A mais, se o driver foi compilado  com  debugging  habilitado,  a  saída  do  nível  de
       debugging  pode ser configurado adicionando-se um parâmetro 0xdeb[0-f]. O '0-f' permite a configuração do
       nível de mensagens de debugging para qualquer um dos 16 níveis de verbosidade.

   AM53C974
              AM53C974=host-scsi-id,target-scsi-id,max-rate,max-offset

   Configuração de adaptadoras SCSI BusLogic (`BusLogic=')
              BusLogic=N1,N2,N3,N4,N5,S1,S2,...

       Para  uma  discussão  mais  ampla   dos   parâmetros   de   linha   de   comandos   da   BusLogic,   veja
       /usr/src/linux/drivers/scsi/BusLogic.c  (linhas  3149-3270  na  versão do kernel que estou examinando). O
       texto abaixo é um extrato muito resumido.

       Os parâmetros N1-N5 são completos. Os parâmetros S1,... são strings.  N1 é o endereço de E/S  no  qual  a
       adaptadora SCSI está localizada.  N2 é o Tagged Queue Depth (profundidade da fila entre tags) para uso em
       dispositivos  alvo  que  suportem  Tagged  Queuing.   N3  é  o  Bus  Settle  Time (tempo de acomodação do
       barramaento) em segundos. Esta é a quantidade de tempo a ser aguardado entre um reset da controladora que
       inicia o reset do barramento SCSI e a emissão de comandos SCSI.  N4 é o  Local  Options  (opções  locais)
       (para uma controladora.).  N5 é o Global Options (opções globais) (para todas as controladoras.).

       As  opções  de  strings  são  usadas  para  dar  controle  sobre  Tagged  Queuing (TQ:Default, TQ:Enable,
       TQ:Disable, TQ:<Per-Target-Spec>), sobre Error Recovery (recuperação de erro  (ER:Default,  ER:HardReset,
       ER:BusDeviceReset,   ER:None,   ER:<Per-Target-Spec>)   e  sobre  Host  Adapter  Probing  (verficação  de
       controladora) (NoProbe, NoProbeISA, NoSortPCI).

   Configuração de EATA/DMA
       A lista padrão de portas i/o a serem verificadaspodem ser modificadas por:

              eata=iobase,iobase,....

   Configuração de Future Domain TMC-16x0
              fdomain=iobase,irq[,adapter_id]

   Configuração de controladora SCSI Great Valley Products (GPV)
              gvp11=dma_transfer_bitmask

   Configuração de Future Domain TMC-8xx, TMC-950
              tmc8xx=mem_base,irq

       O valor mem_base é o valor da região I/O mapeada pela memória que a placa usa. Ele será um dos  seguintes
       valores: 0xc8000, 0xca000, 0xcc000, 0xce000, 0xdc000, 0xde000.

   Configuração de IN2000
              in2000=S

       Onde  S  é  uma  string  separada de itens 'palavra-chave[:valor]' separados por vírgula. Palavras chaves
       reconhecidas (possivelmente com valor) são:  ioport:addr,  noreset,  nosync:x,  period:ns,  disconnect:x,
       debug:x, proc:x. Para as funções desses parâmetros, veja /usr/src/linux/drivers/scsi/in2000.c.

   Configuração de NCR5380 e NCR53C400
       A forma do argumento de inicialização é:

              ncr5380=iobase,irq,dma

       ou

              ncr53c400=iobase,irq

       Se  a  placa  não  usa  interrupções, um valor de IRQ de 255 (0xff) desabilitará interrupções. Um IRQ 254
       significa      autoverificação.      Mais       detalhes       podem       ser       encontrados       em
       /usr/src/linux/drivers/scsi/README.g_NCR5380.

       "Configuração de NCR53C8xx"

              ncr53c8xx=S

       onde  S é uma string de itens 'palavra-chave:valor' separados por vírgula.  Palavras-chaves reconhecidas:
       mpar  (master_parity),  spar  (scsi_parity),  disc  (disconnection),  specf   (special_features),   ultra
       (ultra_scsi),  fsn  (force_sync_nego),  tags  (default_tags), sync (default_sync), verb (vberbose), debug
       (debug),    burst    (burst_max).     Para     a     função     dos     valores     assinalados,     veja
       /usr/src/linux/drivers/scsi/ncr53c8xx.c.

   Configuração de NCR53c406c
              ncr53c406a=iobas[,irq[,fastpio]]

       Especifique  irq = 0 para modo de drivers sem interrupção.  Configure fastpio = 1 para modo pio rápido, 0
       para modo lento.

   Configuração de IOMEGA PPA3
              ppa=iobase[,speed_high[,speed_low[,nybble]]]

       Aqui 'iobase' é o endereço da porta paralela (padrão 0x378), (padrão 6) e 'nybble' é uma booleana  `force
       nybble (4-bit) mode)' (padrão 0=false).  Veja também /usr/src/linux/driversscsi/README.ppa.

   Configuração de Pro Audio Spectrum
       O PAS-16 usa um chip SCSI NC5380 e modelos mais recentes suportam configuração sem jumpers.  A  forma  do
       argumento de inicialização é:

              pas16=iobase,irq

       A  única diferença é que se você puder especificar um valor de IRQ 255, que dirá ao driver para trabalhar
       no modo sem interrupção, embora com perda de performance. A iobase padrão é usualmente 0x388.

   Configuração de Seagate ST-0x
       Se sua placa não for detectada na inicialização, você terá de usar argumentos de boot, na forma:

              st0x=mem_base,irq

       O valor mem_base é o valor da região I/O mapeada pela memória, que a placa usa. Ele  será  usualmente  um
       dos valores seguintes: 0xc8000, 0xxca000, 0xcc000, 0xce000, 0xcd000, 0xde000.

   Configuração de Trantor T128
       Estas placas são também baseadas no chip NCR5380 e aceita as seguintes opções:

              t128=mem_base,irq

       Os valoes válidos para mem_base são os seguintes: 0xcc000, 0xc8000, 0xdc000, 0xd8000.

   Configuração de UltraStor 14F/34F
       A lista padrão de portas i/o a serem verificadas podem ser modificadas por:

              eata=iobase,iobase,....

   Configuração de WD7000
              wd7000=irq,dma,iobase

   Configuração de controladora SCSI Commodore Amiga A2091/509
              wd33c93=S

       Onde  S  é  uma string de opções separadas por vírgula. Opções reconhecidas são: nosync:bitmask, nodma:x,
       period:ns,      disconnect:x,      debug:x,      clock:x,      next.      Para       detalhes,       veja
       /usr/src/linux/drivers/scsi/wd33c93.c

DISCOS RÍGIDOS

   Parâmetros do driver de disco/CDROM IDE
       O driver IDE aceita vários parâmetros, que variam de especificações da geometria do disco para suporte de
       chips  de  controladoras quebrados. Opções específicas do drive são especificadas usando-se `hdX' com `X'
       entre `a'-`h'.

       Outras opções não específicas de drive, são especificadas com o prefixo `hd='. Note que usando um prefixo
       específico de drive para uma opção não específica de drive continuará funcionando e a opção será aplicada
       como esperado.

       Note também que `hd=' pode ser usado para referir-se ao próximo drive não especificado na  sequência  (a,
       ...,  h).  Para as discussões seguintes, a opção `hd=' será citada brevemente. Veja o arquivo  README.ide
       em linux/drivers/block para maiores detalhes.

   As opções `hd=cyls,heads,sects[,wpcom[,irq]]'
       Essas opções são usadas para especificar a geometria física do disco. Apenas os  três  primeiros  valores
       são  requeridos.  Os valores de cilindros/cabeças/setores serão aqueles utilizados pelo fdisk. O valor de
       pre-compensação de escrita é ignorado nos discos IDE. O valor do IRQ especificado será  o  IRQ  utilizado
       pela interface na qual o drive reside e não um parâmetro específico de drive.

   A opção `hd=serialize'
       O  chip  de  interface  dual  IDE  CMD-640  é  quebrado  em seu próprio projeto, pois quando os drives da
       interface secundária são usados ao mesmo tempo que os drives da interface primária, isto corromperá  seus
       dados.  Usando  esta  opção,  diz-se  ao driver para assegurar-se que as interfaces nunca serão usadas ao
       mesmo tempo.

   A opção `hd=dtc2278'
       Esta opção diz ao driver que você possui uma interface IDE  DTC-2278D.  O  driver  então  tenta  executar
       operações  DTC  específicas  para  habilitar  a segunda interface e habilitar modos de transferência mais
       velozes.

   A opção `hd=noprobe'
       Não há verificação do drive especificado. Por exemplo:

              hdb=noprobe hdb=1166,7,17

       desabilitará a verificação, mas continuará especificando  a  geometria  do  drive,  para  que  possa  ser
       registrado como um bloco de dispositivo válido e, conseqüentemente, utilizável.

   A opção `hd=nowerr'
       Alguns drives aparentemente tem o WRERR_STAT um tanto imobilizado.  Essa opção habilita um paliativo para
       esses dispositivos quebrados.

   A opção `hd=cdrom'
       Isso  diz  ao  driver IDE que há um CD-ROM compatível com ATAPI conectado no lugar de um disco rígido IDE
       normal. Em muitos casos, o CD-ROM é identificado automaticamente, mas se não for, esta opção pode ajudar.

   Opções do driver de disco standard ST-506 (`hd=')
       O driver de disco standard aceita argumentos de geometria  de  discos  similares  ao  driver  IDE.  Note,
       contudo,  que  ele  só espera três valores (C/H/S) -- algum mais ou algum menos e o driver irá ignorar-te
       silenciosamente. Além disso, só aceita `hd=' como argumento, i.e. `hda=' e outros não são válidos aqui. O
       formato é o seguinte:

              hd=cyls,heads,sects

       Se houver dois discos instalados, o acima é repetido com os parâmetros da geometria do segundo disco.

   Opções do driver de disco XT (`xd=')
       Se você for desafortunado o suficiente para estar usando uma dessas velhas placas de  8  bits  que  movem
       dados  a gritantes 125kB/s, então aqui está a solução.  Se a placa não for reconhecida, você terá de usar
       um argumento de boot, na forma:

              xd=type,irq,iobase,dma_chan

       O valor 'type' especifica o fabricante  da  placa  em  particular,  conforme  segue:  0=genérica;  1=DTC;
       2,3,4=Western  Digital,  5,6,7=Seagate;  8=OMTI.  A  única  diferença  entre  múltiplos tipos de um mesmo
       fabricante é a string do  BIOS usados na detecção, que não são  utilizados  se  o  valor  'type'  estiver
       especificado.

       A  função 'xd_setup()' não checa os valores e assume que você inseriu os quatro valores. Não a desaponte.
       Aqui está um exemplo de uso para uma controladora WD1002 com o BIOS  removido/desabilitado,  usando-se  o
       parâmetro `padrão' da controladora XT:

              xd=2,5,0x320,3

   Discos removíveis Syquest EZ*
              ez=iobase[,irq[,rep[,nybble]]]

   DISPOSITIVOS IBM DE BARRAMENTO MCA
       Veja também /usr/src/linux/Documentation/mca.txt.

   Discos rígidos PS/2 ESDI
       É possível especificar a geometria desejada no momento da inicialização:

              ed=cyls,heads,sectors

       Para um Thinkpad-720, adicione a opção:

              tp720=1

   Configuração de subsistema SCSI Microchannel IBM
              ibmmcascsi=N

       onde 'N' é o pun (SCSI ID) do subsistema.

CD-ROMS (não-SCSI/ATAPI/IDE)

   Interface Aztech
       A sintaxe para esse tipo de placa é:

              aztcd= iobase,[,magic_number]

       Se você configurar o 'magic_number' para 0x79, então o driver tentará e rodará de qualquer forma, no caso
       de uma versão desconhecida de 'firmware'. Os outros valores são ignorados.

   CD-ROM MicroSolutions `backpack'
       Sintaxe:

              bpcd=iobase

   Interface Sony CDU-31A e CDU-33A
       Esta  interface  de  CD-ROM  é  encontrada  em  algumas  placas de som Pro Audio Spectrum e outras placas
       fornecidas pela Sony. A sintaxe é a seguinte:

              cdu31a=iobase,[,irq[,is_pas_card]]

       Especificando um valor de IRQ 0, diz-se ao driver que interrupções de hardware não são  suportadas  (como
       em  algumas  placas  PAS). Se sua placa suporta interrupções, você deve usá-las, pois as mesmas reduzem a
       utilização de CPU pelo driver.

       O parâmetro is_pas_card deve ser inserido como 'PAS', se se estiver usando uma placa Pro  Audio  Spectrum
       e, em outra circunstância, não deverá ser especificado.

   Interface Sony CDU-535
       A sintaxe para essa interface de CD-ROM é:

              sonycd535=iobase[,irq]

       Um  'zero'  pode  ser  utilizado  como  valor  de base I/O como um `possuidor de lugar' se alguém desejar
       especificar um valor de IRQ.

   Interface GoldStar
       A sintaxe para essa interface de CD-ROM é:

              gscd=iobase

   Interface de CD-ROM ISP-16
       Sintaxe:

              isp16=[iobase[,irq[,dma[,type]]]]

       (três inteiros e uma string). Se 'type' for dado como `noisp16', a interface não será configurada. Outros
       tipos reconhecidos são: `Sanyo', `Sony', `Panasonic' e `Mitsumi'.

   A interface padrão Mitsumi
       A sintaxe para essa interface de CD-ROM é:

              mcd=iobase,[,irq[,wait_value]]

       O valor wait_value é utilizado como um valor de timeout interno, para quem  esteja  tendo  problemas  com
       seus  drive  e pode ou não ser implementado, dependendo de um '#define' da compilação.  O Mitsumi FX400 é
       um leitor de CD-ROM IDE/ATAPI e não usa o driver 'mcd'.

   Interface Mitsumi XA/Multisession
       Isto é para o mesmo hardware acima, mas o driver possui características adicionais.  Sintaxe:

              mcdx=iobase[,irq]

   Interface Optics Storage
       A sintaxe para esse tipo de placa é:

              optcd=iobase

   Interface Phillips CM206
       A sintaxe para esse tipo de placa é:

              cm206=[iobase][,irq]

       O driver assume que números entre 3 e 11 são valores de IRQ e os números entre 0x300 e 0x370  são  portas
       I/O,  então  você  pode  especiicar  um  ou  ambos os números, em qualquer ordem. Também é aceita a forma
       `cm206=auto', para habilitar autoverificação.

   Interface Sanyo
       A sintaxe para esse tipo de placa é:

              sjcd=iobase[,irq[,dma_channel]]

   Interface SoundBlaster Pro
       A sintaxe para esse tipo de placa é:

              sbpcd=iobase,type

       onde 'type' é um das seguintes strings (sensível a caixa) `SoundBlaster', `LaserMate' ou `SPEA'.  A  base
       I/O é aquela da interface do CD-ROM, não a da parte de som da placa.

DISPOSITIVOS ETHERNET

       Drivers  diversos usam argumentos diversos, mas todos eles, ao menos, se parecem, usando um IRQ, um valor
       base de porta I/O e um nome. Em sua forma mais genérica, se parece com o que segue:

              ether=irq,iobase[,param_1[,...param_8]],name

       O primeiro argumento não numérico é entendido como o nome. Os valores de tipo  de  placa/driver.  Valores
       'param_n'  típicos  são usados para especificar coisas como endereço de memória compartilhada, seleção de
       interface, canal de DMA e coisas assim.

       O uso mais comum desse parâmetro é forçar a verificação da existência de uma segunda placa de rede,  pois
       o padrão é 'procurar' apenas uma. Isso pode ser executado com um simples:

              ether=0,0,eth1

       Note  que  os  valores  de  zero  para  os valores de IRQ e base I/O no exemplo acima, diz ao driver para
       executar autoverificação.

       O 'Ethernet-HOWTO' possui extensa documentação sopbre como usar múltiplas placas e sobre a  implementação
       específica  de  'param_n' de placas/drivers, onde utilizados. Leitores interessados devem encaminhar-se a
       seção daquele documento referente especificamente à suas placas.

DRIVER DE LEITOR DE DISQUETE

       Há muitas  opções  de  drivers  de  leitores  de  disquete  e  estão  todos  listados  em  README.fd,  em
       linux/drivers/block. Esta informação foi tirada diretamente de tal arquivo.

   floppy=mask,allowed_drive_mask
       Configura  o  'bitmask'  de  drives  permitidos para 'drives permitidos para mask'. Por padrão, apenas as
       unidades 0 e 1 de cada controladora de disquetes são permitidos. Isso ocorre porque certos hardwares  não
       padrão  (placas-mães ASUS PCI) 'bagunçam' o teclado quando acessam as unidades 2 ou 3. Essa opção está um
       tanto defasada pela opção de cmos.

   floppy=all_drives
       Configura o 'bitmask' de drives permitidos para 'todos os drives'. Use  se  você  possuir  mais  de  dois
       drives conectados a uma controladora.

   floppy=asus_pci
       Configura o 'bitmask' para permitir apenas as unidades 0 e 1 (padrão).

   floppy=daring
       Diz  ao driver de disquete que você possui uma controladora de disquetes bem comportada. Permite operação
       mais eficiente e uniforme, mas pode falhar em certas controladoras. Pode também aumentar a velocidade  de
       certas operações.

   floppy=0,daring
       Diz ao driver que sua controladora deve ser usada com cuidado.

   floppy=one_fdc
       Diz ao driver que você possui apenas uma controladora de disquete (padrão).

   floppy=two_fdc ou floppy=address,two_fdc
       Diz  ao  driver  de disquete que tem duas controladoras de disquete. Assume-se que a segunda controladora
       está endereçada. Se nenhum endereço for inserido, 0x370 será adotado.

   floppy=thinkpad
       Diz ao driver de disquete que você possui um 'Thinkpad'. Os 'Thinkpads' usam uma convensão inversa para a
       linha de troca de discos.

   floppy=o,thinkpad
       Diz ao driver de disquete que você não possui um 'Thinkpad'.

   floppy=drive,type,cmos
       Configura o tipo de drive do CMOS para 'type'. Adicionalmente, esse drive é permitido no 'bitmask'.  Isso
       é  útil se você tem mais de dois drives de disquetes (apenas dois podem ser descritos no CMOS físico) ou,
       se seu BIOS usa tipos de CMOS não padrão. Configurando o CMOS para '0'  para  os  dois  primeiros  drives
       (padrão), faz com que o driver de disquete leia o CMOS físico para esses drives.

   floppy=unexpected_interrupts
       Exibe uma mensagem de aviso quando uma interrupção inesperada é recebida (funcionamento padrão).

   floppy=no_unexpected_interrupts ou floppy=L40SX
       Não  exibe  mensagens de aviso quando uma interrupção inesperada é recebida. Isso é necessário em laptops
       IBM L40SX em certos modos de vídeo. (Parece que há uma relação entre o vídeo e o drive  de  disquete.  As
       interrupções inesperadas afetam apenas o desempenho e podem ser seguramente ignoradas.)

DRIVER DE SOM

       O  driver  de  som  pode  também  aceitar  argumentos de inicialização para ignorar os valores compilados
       internamente. Isso não é recomendado, pois é um pouco complexo. Isto é descrito no arquivo  Readme.Linux,
       em linux/drivers/sound. Aceita um argumento de inicialização na forma:

              sound=device1[,device2[,device3...[,device10]]]

       onde cada valor 'deviceN' é um dos seguintes, no formato '0xTaaaId', e usados como segue:

       T - tipo de dispositivo: 1=FM, 2=SB, 3=PAS, 4=GUS, 5=MPU401, 6=SB16, 7=SB16-MPU401

       aaa - endereço I/O em hexa.

       I - linha de interrupção em hexa (i.e. 10=a, 11=b, ...).

       d - canal de DMA.

       Como  você  pode  ver,  tudo  fica  bastante  complicado,  e é melhor compilar seus próprios valores como
       recomendado. Usando um argumento de inicialização `sound=0' desabilitará o driver de som inteiramente.

DRIVERS DE ISDN

   Driver de ISDN ICN
       Sintaxe:

              icn=iobase,membase,icn_id1,icn_id2

       onde 'icn_id1,icn_id2' são duas strings utilizadas para identificar a placa nas mensagens do kernel.

   Driver ISDN PCBIT
       Sintaxe:

              pcbit=membase1,irq1[,membase2,irq2]

       onde 'membaseN' é a base de memória compartilhada da enésima placa e e membase 0xD0000.

   Driver ISDN Teles
       Sintaxe:

              teles=iobase,irq,membase,protocol,teles_id

       onde 'iobase' é o endereço da porta i/o da placa, 'membase' é o  endereço  da  memória  compartilhada  da
       placa,  'irq'  é  o canal da interrupção que a placa usa e 'teles_id' é uma string de identificação ASCII
       única.

DRIVERS DE PORTAS SERIAIS

   Driver serial multiportas RISCom/8
       Sintaxe:

              riscom=iobase1[,iobase2[,iobase3[,iobase4]]]]

       Mais detalhes podem ser encontrados em /usr/src/linux/Documentation/riscom8.txt.

   Driver DigiBoard (`digi=')
       Se esta opção for usada, deverá possuir exatamente seis parâmetros.  Sintaxe:

              digi=status,type,altpin,numports,iobase,membase

       Os parâmetros devem ser inseridos como inteiros ou como strings. Se forem usadas strings, então  'iobase'
       e  'membase'  devem ser inseridos como hexadecimal.  Os argumentos inteiros (poucos, mas devem ser dados)
       são, em ordem: status (Habilitar(1) ou Deabilitar(0) esta placa), type (PC/Xi(0),  PC/Xe(1),  PC/Xeve(2),
       PC/Xem(3)), altpin (Habilitar(1) ou Desabilitar(0) alternação da disposição da pinagem), numports (número
       de  portas na placa), iobase (porta I/O onde a placa está configurada (em HEXA)), membase (base da janela
       de memória (em HEXA)).  Assim, os seguintes argumentos do prompt de inicialização são equivalentes:

              digi=E,PC/Xi,D,16,200,D0000
              digi=1,0,0,16,0x200,851968

       Mais detalhes podem ser encontrados em /usr/src/linux/Documentation/digiboard.txt.

   Radio modem serial/paralelo Baycom
       Sintaxe:

              baycom=iobase,irq,modem

       Aqui estão exatamente três parâmetros: para algumas placas, insira alguns comandos `baycom='. O parâmetro
       'modem' é uma string que pode ter um dos valores 'ser12',  'ser12*',  'par96',  'par96*'.   Aqui,  o  '*'
       denota    que    o    DCD    de    software    deve    ser   usado,   e   Para   mais   detalhes,   veja:
       /usr/src/linux/drivers/net/README.baycom.

   Driver de placa de som/radio modem
       Sintaxe:

              soundmodem=iobase,irq,dma[,dma2[,serio[,pario]]],0,mode

       Todos os parâmetros, exceto o último, são inteiros; o tolo '0' é necessário por conta de um bug no código
       de configuração.  O parâmetro 'mode' é uma string com sintaxe 'hw:modem',  onde  'hw'é  um  entre  'sbc',
       'wss', 'wssfdx' e 'modem' é um entre

DRIVER DE LINHA DE IMPRESSORA

   `lp='
       Em  kernels  mais  recentes  que  1.3.75, você pode dizer ao driver da impressora que portas usar e quais
       portas não usar. O mais recente é mais prático, se você não quer que  o  driver  de  impressora  exigindo
       todas as portas paralelas disponíveis, pois assim outros drivers (e.g. PLIP, PPA) podem usá-las.

       O  formato do argumento é multiple i/o, IRQ pairs. Por exemplo, usará o IRQ 7 para a porta 0x378. A porta
       em '0x278' (se houver uma) não será verificada, uma vez que a autoverificação só ocorre na ausência de um
       argumento `lp='. Para desabilitar o driver de impressora completamente, pode-se usar `lp=0'.

   Driver de WDT500/501
       Sintaxe:

              wdt=io,irq

DRIVERS DE MOUSE

       O driver do busmouse aceita apenas um parâmetro, que será o valor do IRQ a ser usado pelo hardware.

   `msmouse=irq'
       E exatamente o mesmo para o driver do msmouse.

   Configuração do mouse ATARI
       atamouse=threshold,[,y-threshold]

              Se apenas um argumento for  dado,  ele  será  usado  tanto  para  'x-threshold'  quanto  para  'y-
              threshold'. Se não, o primeiro argumento é 'x-threshold' e o segundo 'y-threshold'.  Estes valores
              devem estar entre 1 e 20 (inclusive); o padrão é '2'.

HARDWARE DE VÍDEO

   `no-scroll'
       Esta  opção diz ao driver do console para não utilizar a rolagem de hardware (onde uma rolagem é efetuada
       movendo-se a origem da tela da memória de vídeo, ao invés de  mover  os  dados).  Isso  é  necessário  em
       algumas máquinas Braille.

AUTORES

       Linus Torvalds (e outros)

VEJA TAMBÉM

       klogd(8), lilo.conf(5), lilo(8), mount(8), rdev(8).

       Grande parte dessa página de manual é derivada do "Boot Parameter HOWTO" (versão 1.0.1), escrito por Paul
       Gortmaker.   Algumas  informações adicionais podem ser encontradas nesse (ou em uma versão mais  recente)
       HOWTO.

TRADUZIDO POR LDP-BR EM 03/08/2000.

       Valter 'Geddy' Ferraz S. <geddy@lawyer.com> (tradução) André L.  Fassone  Canova  <lonelywolf@blv.com.br>
       (revisão)

Linux 2.1.21                                       14/01/1995                                       BOOTPARAM(7)