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NOME

       proc - pseudo sistema de arquivos de informações de processos.

DESCRIÇÃO

       /proc  é  um  pseudo  sistema de arquivos usado como uma interface para as estruturas de dados do kernel,
       assim como para leitura e interpretação de /dev/kmem. Muitos dos arquivos fornecem somente permissões  de
       leitura, mas alguns permitem que variáveis do kernel seja alteradas.

       Apresentamos a seguir uma rápida descrição da hierarquia do /proc.

       [número]
              Há  um  subdiretório  numérico para cada processo que esteja sendo executado; o subdiretório tem o
              nome da identificação do processo (PID). Cada um contém os seguintes pseudo arquivos e diretórios:

              cmdline
                     Contém a linha de comando completa para o processo, a menos que todo o processo tenha  sido
                     transferido  para a área de troca (swap), ou seja um processo zumbi. Nestes casos o arquivo
                     estará vazio; isto é um arquivo que retornará 0 caracteres. Este arquivo é terminado com  o
                     caracter nulo, e não com nova linha.

              cwd    É  o  link do diretório atual de trabalho do processo. Para encontrar o cwd do processo 20,
                     por exemplo, deve-se:
                     cd /proc/20/cwd; /bin/pwd

              Note que o comando pwd está freqüentemente incorporado no interpretador de  comandos  e  pode  não
              funcionar exatamente desta forma neste contexto.

              environ
                     Este  arquivo  contém  o  ambiente  do  processo.  As entradas são separadas por caracteres
                     nulos, e deve haver um caracter nulo ao final  do  arquivo.   Para  listar  o  ambiente  do
                     processo 1, deve-se:
                     (cat /proc/1/environ; echo) | tr "\000" "\n"

              (caso alguém queira saber porque fazer isso, veja o comando lilo(8).)

              exe    um  ponteiro  para o binário que está sendo executado e aparece como uma ligação simbólica.
                     readlink(2) no arquivo especial exe retorna sob o Linux 2.0  ou  mais  recente  a  seguinte
                     cadeia de caracteres no formato:

                     [dispositivo]:inode

                     Por exemplo, [0301]:1502 pode ser o inode 1502 no dispositivo com identificação primária 03
                     (major)  (IDE,  MFM,  etc...)  e  secundária  01  (minor)  (primeira  partição  do primeiro
                     dispositivo).  Sob o Linux 2.2 a ligação simbólica contém  a  caminho  de  busca  atual  do
                     comando.

                     Ainda,  a  ligação  simbólica pode ser referenciada normalmente, ou seja ao tentar-se abrir
                     "exe"  ,  na  verdade  será  aberto  o  executável.   Pode   ainda   executar   o   comando
                     /proc/[número]/exe para executar uma cópia do mesmo processo como [número].

                     find(1) com a opção -inum pode ser usado para localizar um arquivo.

              fd     Este é um subdiretório contendo uma entrada para cada arquivo aberto pelo processo, nomeado
                     pelos  seus  descritores  e  que  tenham uma ligação simbólica com o arquivo real (como nas
                     entradas em exe). Zero é a entrada padrão, 1 a saída padrão e 2 a saída  padrão  de  erros,
                     etc...

                     Programas  que  utilizarão  nomes  de  arquivos,  mas não a partir da entrada padrão, e que
                     gravam arquivos, mas não através da saída padrão, podem ser depurados através  do  seguinte
                     comando  (assumindo-se  -i como o indicador do arquivo de entrada  e -o como o indicador do
                     arquivo de saída:
                     foobar -i /proc/self/fd/0 -o /proc/self/fd/1 ...
                     tendo-se então um filtro de trabalho. Note que isso não irá funcionar  para  programas  que
                     fazem buscas em seus arquivos, pois os arquivos no diretório fd não podem ser pesquisados.

                     /proc/self/fd/N é aproximadamente o mesmo que /dev/fd/N em alguns sistemas UNIX e similares
                     a  UNIX. Diversos scripts MAKEDEV do Linux ligam simbolicamente /dev/fd para /proc/self/fd,
                     na verdade.

              maps   Um arquivo contendo o mapa atual de regiões da memória e suas permissões de acesso.

                     O formato é:
                        endereço          perms desl.    disp  inode
                        00000000-0002f000 r-x-- 00000400 03:03 1401
                        0002f000-00032000 rwx-p 0002f400 03:03 1401
                        00032000-0005b000 rwx-p 00000000 00:00 0
                        60000000-60098000 rwx-p 00000400 03:03 215
                        60098000-600c7000 rwx-p 00000000 00:00 0
                        bfffa000-c0000000 rwx-p 00000000 00:00 0

              onde endereço é o endereço do espaço de memória que o processo ocupa, e  perms  é  o  conjunto  de
              permissões:
                   r = leitura
                   w = gravação
                   x = execução
                   s = compartilhada
                   p = privada (copia da gravação)

              deslocamento é o deslocamento no arquivo, disp é o dispositivo (primária:secundária)(major:minor),
              e  inode refere-se ao inode do dispositivo. Zero indica que o inode está associado à uma região da
              memória, como o caso estaria com bss.

              Nos kerneis 2.2 há um campo adicional fornecendo um caminho de busca quando aplicável.

              mem    Este não é igual ao dispositivo mem (1,1), apesar de ter o mesmo número de dispositivos.  O
                     dispositivo  /dev/mem é a memória física antes da conversão de endereços, mas o arquivo mem
                     aqui descrito é a memória acessada pelo processo. Ela não pode ser mapeada por  mmap(2) 'ed
                     atualmente,  e  não  poderá até que uma mmap(2) geral seja adicionada ao kernel (o que pode
                     ocorrer em breve).

              mmap   Diretório dos mapas gerados por mmap(2) os quais são ligações simbólicas  como  exe,  fd/*,
                     etc.   Note  que  estes mapas incluem um subconjunto destas informações, então /proc/*/mmap
                     podem ser considerados obsoletos.

                     "0" é normalmente libc.so.4.

                     /proc/*/mmap foi removido do kernel do Linux na versão 1.1.40 (e realmente estava obsoleto)

              root   Unix e Linux suportam a idéia de um raiz de sistema de  arquivos  por  processo,  definidos
                     pela chamada ao sistema chroot(2) .  Root aponta o raiz do sistema de arquivos, e comporta-
                     se como exe, fd/*, etc...

              stat   Informações sobre o status do processo. Isso é fornecido por ps(1).

                     Os campos, em ordem, com as suas propriedades específicas em scanf(3) são:

                     pid %d Identificação do processo.

                     comm %s
                            O  nome  do  arquivo  do executável entre parênteses. É visível mesmo que o processo
                            esteja na área de troca.

                     state %c
                            Um caracter da cadeia "RSDZT" onde R é em execução, S é dormindo em uma  espera  por
                            interrupção,  D aguardando em uma espera que não pode ser interrompida ou em área de
                            troca, Z é um zumbi e T significa paralisado (em um sinal) ou rastreado.

                     ppid %d
                            O PID do processo pai.

                     pgrp %d
                            O ID do grupo do processo.

                     session %d
                            O ID da sessão do processo.

                     tty %d O tty que o processo usa.

                     tpgid %d
                            A ID do grupo do processo que atualmente  detém  o  tty  no  qual  o  processo  está
                            conectado.

                     flags %u
                            Os  indicadores  do  processo.  Atualmente,  cada  indicador  tem  o  bit matemático
                            configurado, porque crt0.s verifica a emulação de co-processador matemático, e  isso
                            não  é incluído na saída. Isso é provavelmente um erro, e nem todos os processos são
                            compiladores C. O bit matemático é um decimal 4 e o bit de rastreamento é um decimal
                            10.

                     minflt %u
                            O número de pequenos erros do processo, aqueles que não requerem a carga de  páginas
                            de memória a partir do disco.

                     cminflt %u
                            O número de erros menores do processo e de seus processos filhos.

                     majflt %u
                            O  número  de  erros maiores do processo, aqueles que requerem a carga de páginas de
                            memória a partir do disco.

                     cmajflt %u
                            O número de erros maiores do processo e de seus processo filhos.

                     utime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo tem previsto em modo usuário.

                     stime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo tem previsto em modo kernel.

                     cutime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo e seus filhos têm previstos em modo
                            usuário.

                     cstime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo e seus filhos têm previstos em modo
                            kernel.

                     counter %d
                            O número máximo de  ciclos  do  processador  do  próximo  período  de  processamento
                            destinado  ao processo, ou o tempo restante no período atual, caso o processo esteja
                            ocupando o processador.

                     priority %d
                            O valor padrão acrescido de 15. O valor nunca é negativo no kernel.

                     timeout %u
                            O tempo em ciclos do processador do próximo período de espera.

                     itrealvalue %u
                            O tempo (em ciclos do processador) antes que o próximo SIGALRM seja enviado  para  o
                            processo relativo a um intervalo de tempo.

                     starttime %d Tempo, em ciclos do processador, que o processo iniciou após o
                            sistema ser iniciado.

                     vsize %u
                            Tamanho da memória virtual.

                     rss %u Tamanho do conjunto residente: número de páginas que o processo tem na memória real,
                            menos  3  para  uso  administrativo. Estas são as páginas que contêm texto, dados ou
                            espaço da pilha, não incluindo páginas que foram carregadas de acordo com a  demanda
                            ou que foram para a área de troca.

                     rlim %u
                            Limite em bytes do rss do processo (normalmente 2,147,483,647).

                     startcode %u
                            O endereço acima do qual o texto do  programa deve ser executado.

                     endcode %u
                            O endereço abaixo do qual o texto do programa deve ser executado.

                     startstack %u
                            O endereço de início da pilha.

                     kstkesp %u
                            O  valor  atual de esp (ponteiro da pilha com 32 bits), conforme encontrado na pilha
                            de páginas do kernel para o processo.

                     kstkeip %u
                            EIP atual (ponteiro da instrução com 32 bits).

                     signal %d
                            O mapa de bits dos sinais pendentes (normalmente zero).

                     blocked %d
                            O mapa de bits dos sinais bloqueados (normalmente 0, 2 para ambientes de trabalho).

                     sigignore %d
                            O mapa de bits dos sinais ignorados.

                     sigcatch %d
                            O mapa de bits de sinais recebidos.

                     wchan %u
                            Este é o canal no qual o processo fica esperando. Este é o endereço  da  chamada  ao
                            sistema,  e  pode  ser analisada em uma lista de nomes, caso se necessite de um nome
                            textual (caso se tenha um /etc/psdatabase atualizado, então tente ps -l para  ver  o
                            campo WCHAN em ação).

       cpuinfo
              Esta  é  uma  coleção  de itens dependentes da CPU e da arquitetura do sistema, sendo que cada uma
              destas tem uma lista diferente.  As únicas duas entradas comuns são cpu a qual é a  CPU  atual  em
              uso e BogoMIPS uma constante do sistema que é calculada durante a inicialização do sistema.

       devices
              Lista  dos  números primários (majors) e grupos de dispositivos. Isso pode ser usado pelos scripts
              MAKEDEV para checagem de consistência com o kernel.

       dma    Lista dos canais DMA ISA (acesso direto à memória) registrados em uso.

       filesystems
              lista dos sistemas de arquivos que foram compilados com o kernel.  Pode  ser  usado  por  mount(1)
              para pesquisar através de diferentes sistemas de arquivos quando nenhum é especificado.

       interrupts
              É  usado para gravar o número de interrupções por cada IRQ nas arquiteturas i386. Muito simples de
              ler-se, feito em formato ASCII.

       ioports
              Lista das portas de Entrada-Saída registradas que estão em uso.

       kcore  Este arquivo representa a memória física do sistema e está armazenada no formato de arquivo  core.
              Com  este  pseudo  arquivo,  e  o  binário  do  kernel  com  as  funções de mensagens incorporadas
              (/usr/src/linux/tools/zSystem), pode-se usar o GDB  para  examinar  o  estado  atual  de  qualquer
              estrutura de dados do kernel.

              O tamanho total do arquivo é o tamanho da memória física (RAM) mais 4 Kb.

       kmsg   Este  arquivo  pode ser usado ao invés da chamada ao sistema syslog(2) para registrar mensagens do
              kernel. Um processo deve ter privilégios de superusuário  para  ler  este  arquivo  e  somente  um
              processo  pode  fazer  isso.  Esse  arquivo  não  deve  ser  lido se um processo syslog está sendo
              executado o qual usa a chamada ao sistema syslog(2) para registrar as mensagens do kernel.

              Informações deste arquivos são recuperadas com o programa dmesg(8)

       ksyms  Contém as definições dos  símbolos exportados pelo kernel usados pelas ferramentas  de  módulos(X)
              para dinamicamente ligar e vincular módulos carregáveis.

       loadavg
              A média de carga do sistema fornecida pela média do número de serviços na fila de execução há mais
              de 1, 5 e 15 minutos. É o mesmo que a média dada pelo programa uptime(1) e outros.

       locks  Este arquivo exibe os arquivos travados.

       malloc Este arquivo somente está presente se CONFIGDEBUGMALLOC for definido durante a compilação.

       meminfo
              É  usada  pelo  comando  free(1)  para informar a quantidade de memória livre e utilizada (tanto a
              memória física como a de troca) assim como a  memória  compartilhada  e  os  buffers  usados  pelo
              kernel.

              Tem o mesmo formato que o comando free(1), exceto pelo fato de estar em bytes ao invés de Kb.

       modules
              Uma lista dos módulos carregados pelo sistema.

       net    Vários  pseudo  arquivos,  que fornecem o status de alguma parte da camada de rede. Estes arquivos
              contêm estruturas em formato ASCII e podem ser lidas por exemplo pelo cat. De qualquer  forma,  as
              ferramentas do netstat(8) possibilitam um acesso muito mais adequado a estes arquivos.

              arp    Ele  contém  uma  imagem  em  formato  ASCII  da tabela ARP do kernel usada na resolução de
                     endereços. Irá  apresentar  dinamicamente  as  entradas  ARP  pré-programadas  e  recebidas
                     dinamicamente. O formato é:
                   IP address       HW type     Flags       HW address
                   10.11.100.129    0x1         0x6         00:20:8A:00:0C:5A
                   10.11.100.5      0x1         0x2         00:C0:EA:00:00:4E
                   44.131.10.6      0x3         0x2         GW4PTS

              Onde  'IP  address'  é  o  endereço  Ipv4 da máquina, o 'HW type' é o tipo de hardware no endereço
              conforme  a  RFC  826.  Os  indicadores  são  internos  à  estrutura  ARP(conforme   definido   em
              /usr/include/linux/if_arp.h) e o

              dev    Os pseudo arquivos dev contêm informações sobre a situação dos dispositivos de rede. Ele dá
                     o  número  de  pacotes  recebidos  e  enviados,  o  número  de  erros  e  colisões e outras
                     estatísticas básicas. Eles são usados pelo programa ifconfig(8) para apresentar  relatórios
                     do status do dispositivo. O formato é:
        Inter-|   Receive                  |   Transmit
         face |packets errs drop fifo frame|packets errs drop fifo colls carrier
            lo:      0    0    0    0    0     2353    0    0    0     0    0
          eth0: 644324    1    0    0    1   563770    0    0    0   581    0

              ipx    Nenhuma informação.

              ipx_route
                     Nenhuma informação.

              rarp   Este  arquivo  usa  o  mesmo  formato do arquivo arp e contém a base de dados de mapeamento
                     reverso usado para prover os serviços de pesquisa de endereços reversos do rarp(8) .   Caso
                     RARP não esteja configurado no kernel este arquivo não estará presente.

              raw    Mantém  uma   imagem RAW (crua) da tabela de conexões. Muita desta informação não tem outra
                     finalidade senão a depuração. O valor 'sl' é a área do kernel  para  a  conexão,  e  'local
                     address'  é  o  endereço  local e o par de números de protocolo. "St" é o status interno da
                     conexão. "tx_queue" e "rx_queue" são as filas de dados de entrada e saída em termos de  uso
                     de  memória  do  kernel.  Os  campos "tr", "tm->when" e "rexmits" não são usados por RAW. O
                     campo uid contém a identificação do criador da conexão.

              route  Nenhuma informação, mas parece similar ao route(8)

              snmp   Este arquivo contém dados em formato ASCII necessários para o gerenciamento  de  IP,  ICMP,
                     TCP  e UDP por um agente snmp. As of writing the TCP mib is incomplete. It is hoped to have
                     it completed by 1.2.0.

              tcp    Mantém  uma  imagem  da  tabela  de  conexões  TCP.  Muitas  informações   são   utilizadas
                     exclusivamente  para  depuração.  O  valor 'sl' é a área do kernel para a conexão, e 'local
                     address' é o endereço local e o par de números de protocolo. O "endereço remoto"  é  o  par
                     endereço  remoto  e  o  número da porta (se conectado). "St" é o status interno da conexão.
                     "tx_queue" e "rx_queue" são as filas de entrada de dados e de saída em  termos  de  uso  de
                     memória  do kernel. Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" hold internal information of the
                     kernel socket state and are only useful debugging. O campo uid contém  a  identificação  do
                     criador da conexão.

              udp    Mantém   uma   imagem  da  tabela  de  conexões  UDP.  Muitas  informações  são  utilizadas
                     exclusivamente para depuração. O valor 'sl' é a área do kernel para  a  conexão,  e  'local
                     address'  é  o  endereço local e o par de números de protocolo. O "endereço remoto" é o par
                     endereço remoto e o número da porta (se conectado). "St" é o  status  interno  da  conexão.
                     "tx_queue"  e  "rx_queue"  são  as  filas  de dados de entrada e  saída em termos de uso de
                     memória do kernel. Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" não são usados pelo UDP. O  campo
                     uid contém a identificação do criador da conexão. O formato é:
 1: 01642C89:0201 0C642C89:03FF 01 00000000:00000001 01:000071BA 00000000 0
 1: 00000000:0801 00000000:0000 0A 00000000:00000000 00:00000000 6F000100 0
 1: 00000000:0201 00000000:0000 0A 00000000:00000000 00:00000000 00000000 0

              unix   Lista de conexões com domínios Unix presentes no sistema e seus status. O formato é:
                     Num RefCount Protocol Flags    Type St Path
                      0: 00000002 00000000 00000000 0001 03
                      1: 00000001 00000000 00010000 0001 01 /dev/printer

              Onde  'Num'  é  a  área  do  kernel,  'RefCount'  é  o número de usuários da conexão, 'Protocol' é
              atualmente sempre zero, 'Flags' representam os indicadores internos do  kernel  com  o  status  da
              conexão.  Tipo  é  sempre  igual  a  1  (datagramas  de  conexões  a  domínios  Unix ainda não são
              suportadas). 'St' é o estado interno da conexão e Path é o caminho (caso exista) da conexão.

       pci    Lista  de  todos  os  dispositivos  PCI  encontrados  pelo  kernel  durante  sua  inicialização  e
              configuração.

       scsi   Um  diretório  com  pseudo  arquivo  scsi  de nível médio scsi, e vários diretórios de arquivos de
              controle de baixo nível para dispositivos SCSI. Contém um arquivo para cada  dispositivo  SCSI  do
              sistema,  cada  um  com o status de alguma parte do subsistema de E/S SCSI.  Estes arquivos contêm
              estruturas ASCII que podem ser lidas pelo comando cat.

              Pode-se ainda gravar alguns arquivos para reconfigurar o subsistema ou ativar ou desativar algumas
              funcionalidades.

              scsi   Uma lista de todos os dispositivos SCSI conhecidos pelo kernel. A lista  é  similar  a  uma
                     apresentada  durante a inicialização do sistema.  SCSI atualmente suporta somente o comando
                     singledevice que permite ao superusuário adicionar dispositivos sem desligar  o  sistema  à
                     lista de dispositivos conhecidos.

                     Um  comando echo 'scsi singledevice 1 0 5 0' > /proc/scsi/scsi provocará que scsi1 pesquise
                     no canal SCSI 0 por um dispositivo de ID 5 LUN 0. Caso  haja  algum  neste  endereço  ou  o
                     endereço seja inválido, será retornado um erro.

              drivername
                     drivername  pode  atualmente  ser: NCR53c7xx, aha152x, aha1542, aha1740, aic7xxx, buslogic,
                     eata_dma, eata_pio, fdomain, in2000, pas16, qlogic,  scsi_debug,  seagate,  t128,  u15-24f,
                     ultrastore  ou  wd7000.   Estes  diretórios  mostram  todos  os  arquivos  de  controle que
                     registraram pelo menos um HBA  SCSI.  Cada  diretório  contém  um  arquivo  registrado  por
                     dispositivo. Cada arquivo é nomeado após a indicação do número dado pela inicialização.

                     Estes  arquivos contêm a configuração do dispositivo e do arquivo de controle estatísticas,
                     etc.

                     A gravação nestes arquivos permite a execução de diferentes tarefas.  Por  exemplo  com  os
                     comandos de superusuário latency e nolatency pode-se ligar ou desligar o comando de medição
                     de  latência  no  arquivo  de  controle  eata_dma. Com os comandos  lockup e unlock pode-se
                     controlar as pesquisas de controle de barramento simuladas  pelo  arquivo  de  controle  de
                     dispositivo scsi_debug .

       self   Este  diretório  referencia-se ao processo de acesso ao sistema de arquivos /proc, e é idêntico ao
              diretório /proc nomeado pela identificação do mesmo processo.

       stat   estatísticas do kernel e do sistema

              cpu  3357 0 4313 1362393
                     O tempo dos ciclos do processador (em centésimos de segundo) que o sistema despende em modo
                     usuário, modo usuário de baixa prioridade  (nice),  modo  sistema  e  tarefas  disponíveis,
                     respectivamente.  O  último  valor  deve  ser 100 vezes a segunda entrada no pseudo arquivo
                     uptime.

              disk 0 0 0 0
                     As entradas para quatro discos não estão implementadas ainda. Não  estamos  seguros  sequer
                     que  serão,  uma  vez que as estatísticas do kernel em outras máquinas normalmente monitora
                     tanto a taxa de transferência quanto  E/S por segundo e este somente permite um  campo  por
                     dispositivo.

              page 5741 1808
                     O número de páginas que entraram no sistema e o número de páginas que sairam (do disco).

              swap 1 0
                     O número de páginas de troca que foram recebidas e enviadas de/para a área de troca.

              intr 1462898
                     O número de interrupções recebidas a partir da inicialização do sistema.

              ctxt 115315
                     O número de mudanças de contexto que o sistema realizou.

              btime 769041601
                     Tempo de inicialização, em segundos desde 1 de Janeiro de  1970.

       sys    Este  diretório,  presente  desde  a  versão  1.3.57, contém um número de arquivos e subdiretórios
              correspondente às  variáveis  do  kernel.   Estas  variáveis  podem  ser  lidas  e  algumas  vezes
              modificadas  usando-se  o  sistema  de  arquivos  proc,  e  usando a chamada ao sistema sysctl(2).
              Atualmente estão presentes os subdiretórios kernel, net, vm e cada um contém diversos  arquivos  e
              subdiretórios.

              kernel Contém os arquivos domainname, file-max, file-nr, hostname, inode-max, inode-nr, osrelease,
                     ostype,  panic,  real-root-dev,  securelevel,  version.  com funções bastante claras para o
                     nome.

              O arquivo somente para leitura file-nr fornece o número de arquivos atualmente abertos.

              O arquivo file-max fornece o número máximo de arquivos abertos que o kernel pode administrar. Caso
              1024 não seja suficiente, pode-se tentar o comando
              echo 4096 > /proc/sys/kernel/file-max

              Similarmente, os arquivos inode-nr e inode-max indicam o número atual e o número máximo de inodes.

              Os arquivos ostype, osrelease, e version fornecem informações retiradas de /proc/version.

              O arquivo panic fornece acesso para leitura e gravação da variável do kernel panic_timeout.   Caso
              seja  igual  a zero, o kernel irá testar esta variável sucessivamente; caso seja diferente de zero
              indica que o kernel deve se auto reinicializar após o número de segundos indicado.

              O arquivo securelevel parece sem significado no momento - o superusuário tem todos os recursos  do
              sistema.

       uptime Este  arquivo contém dois números: o tempo de atividade do sistema em segundos e o tempo gasto com
              o processamento de processos em segundos.

       version
              Identifica a versão do kernel que está sendo executada.  Por exemplo:
            Linux versão 1.09 (quinlan@phaze) #1 Dom Nov 19 01:51:54 EDT 1998.

VEJA TAMBÉM

       cat(1), find(1), free(1), mount(1), ps(1), tr(1), uptime(1), readlink(2), mmap(2), chroot(2),  syslog(2),
       hier(7), arp(8), dmesg(8), netstat(8), route(8), ifconfig(8), procinfo(8) e muito mais

EM CONFORMIDADE COM

       Este texto está em razoável conformidade com o kernel 1.3.11. Por favor atualize caso necessário.

       Última atualuzação no Linux 1.3.11.

DICAS

       Note  que  muitas  cadeias  de  caracteres (por exemplo o ambiente e a linha de comando) estão no formato
       interno, com subcampos separados por bytes contendo o caracter nulo. Pode-se tornar as  informações  mais
       claras caso se utilize od -c ou tr "\000" "\n" para acessá-las.

       Esta  página  de  manual  não  é completa e possivelmente contenha alguns erros, e precisa ser atualizada
       freqüentemente.

PROBLEMAS

       O sistema de arquivos /proc pode gerar problemas de segurança em processos executados com chroot(2).  Por
       exemplo, se /proc é montado na hierarquia chroot, um chdir(2) para /proc/1/root  retornará  para  o  raiz
       original  do  sistema  de arquivos. Isso pode ser considerada uma facilidade ao invés de um erro, uma vez
       que o Linux não suporta a chamada fchroot(2).

TRADUZIDO POR LDP-BR em 21/08/2000.

       André    L.    Fassone    Canova    <lonelywofl@blv.com.br>    (tradução)    Carlos    Augusto    Horylka
       <horylka@conectiva.com.br> (revisão)

                                                   22/07/1996                                            PROC(5)